segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pai do capitalismo: Satanás ou Calvino?


Julio Severo

Quem deve levar o mérito da fundação do sistema econômico chamado capitalismo? Essa é uma pergunta que os marxistas acham fácil responder, pelo menos pelos adjetivos que eles empregam para designá-lo: diabólico, selvagem, monstruoso, assassino, etc.
Entre os cristãos mal-informados, os mesmos adjetivos são muito bem aceitos para qualificar esse sistema econômico. Eles têm certeza de que o capitalismo teve origem no inferno. Em contraste, cristãos mal-informados ou mal-intencionados veem o marxismo como uma espécie de manifestação do Reino de Deus na terra.
Mas quem fundou o capitalismo? De acordo com o Dr. D. James Kennedy, pastor principal da Igreja Presbiteriana Coral Ridge na Flórida: “Calvino trouxe à luz a livre empresa e o capitalismo que temos hoje nos EUA. Ele é chamado de fundador do capitalismo por Max Weber e Ernest Troeltsch”.
Essa importante declaração foi feita pelo falecido Rev. Kennedy no seu artigo “Por Que Sou Presbiteriano”, na edição de 3 de março de 1989 da revista “Christian Observer”.
Ele conquistou meu respeito muitos anos atrás por suas posturas conservadoras pró-vida. Por isso, considero de elevada recomendação a declaração dele sobre Calvino e capitalismo.
No entanto, quando olhamos para os calvinistas do Brasil, o que vemos?
Quando olhamos para blogs calvinistas como o Genizah, vemos o capitalismo apresentado como um sistema econômico fundado por Calvino e o marxismo como um sistema diabólico?
É público que tenho denunciado a blogosfera apologética, que em grande parte é calvinista e progressista. O Dicionário Aurélio assim define a palavra “progressista”: “Diz-se de quem, não pertencendo a um partido socialista ou comunista, aceita e/ou apóia, no entanto, os princípios socialistas ou marxistas”.
Se a população olhar para esses calvinistas e para muitos importantes líderes calvinistas, terá a impressão errada, pelas palavras e estilo de vida deles, de que quem fundou o marxismo foi Calvino e de que quem fundou o capitalismo foi Satanás ou um de seus lacaios.
Entretanto, Calvino não era marxista, e duvido muito que ele aprovaria o que muitos calvinistas fazem hoje.
Calvino fundou um sistema econômico. Nada mais.
Em contraste, Karl Marx não fundou apenas um sistema econômico. Ele fundou um sistema ditatorial que exige controle sobre a família, o indivíduo, as crianças, a educação, a saúde, etc. O sistema marxista exige para si o mesmo papel de controle que Deus merece na vida das pessoas.
O marxismo é muito mais do que um mero sistema político. É uma religião política, que exige o sacrifício de milhões e o martírio moral e até físico dos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.
A distância entre o Evangelho de Cristo e as ideias de Marx é a mesma distância entre Céu e inferno.
Calvino não teria dificuldade nenhuma de ver isso, se estivesse vivo. Creio que ele energicamente decapitaria as mentiras dos progressistas que dizem ser calvinistas.
O motivo por que pastores e teólogos modernos que alegam ser seguidores de Calvino são incapazes de enxergar uma contradição entre sua fé religiosa e suas ideias progressistas é um mistério que só o inferno pode explicar.
Se os atuais calvinistas estão certos, então Calvino era um apóstata. É preferível aceitar o contrário: Quem merece o lugar de apóstatas são os calvinistas progressistas, não Calvino.
Claro que o capitalismo que vemos hoje reflete a decadência da sociedade moderna, e Calvino não tem culpa alguma se corromperam o que ele criou. Aliás, a própria esquerdização generalizada que vemos no calvinismo moderno é apenas reflexo da esquerdização que a sociedade vem sofrendo, e Calvino igualmente não tem culpa nenhuma se muitos líderes calvinistas não cumpriram suas responsabilidades espirituais. Em vez de serem voz profética e confrontarem as forças das trevas esquerdistas, eles acharam mais fácil ficar em cima do murou ou até mesmo se entregar aos braços de Marx e sua consequente decadência moral. Imitar o capitalista Calvino? Nem pensar!
A maior denominação presbiteriana americana, que era um grande bastião do calvinismo mundial, hoje apoia o aborto, ordena pastores gays e lésbicos e realiza boicotes contra Israel. Eles ficam “horrorizados” com a mera menção da palavra “capitalismo”.
As igrejas presbiterianas na Europa estão em estado pior e morrendo. Para elas, igualmente, a palavra “capitalismo” soa pior do que falar de um pedófilo assassino.
Não é de assustar tal mudança no calvinismo europeu e americano. Durante todo o século XX, muitas das infiltrações e contaminações marxistas no Cristianismo vieram de líderes calvinistas, que amaram muito mais Marx do que Calvino, ou tentaram casar Calvino com Marx, uma união homossexual que teria deixado ambos horrorizados.
Calvino ficaria horrorizado de envolverem seu nome com Marx porque seu Mestre era Jesus Cristo.
Marx ficaria horrorizado de envolverem seu nome com Calvino porque seu mestre era Satanás.
Mas os calvinistas progressistas conseguiram de forma infernal conciliar os ensinos de Calvino com os ensinos de Marx.
Esses apóstatas não teriam problema de conciliar Cristo e Satanás, Céu e inferno.
Se você disser que aceita o capitalismo de Calvino, a esquerda apologética apóstata tratará você como satanista ou doente mental. Com o clima de hostilidade que os cristãos progressistas impuseram nas igrejas, fica impossível demonstrar qualquer apoio ao capitalismo.
A fórmula certa para um cristão brasileiro ser linchado e tratado como herege é fazer uma mínima menção positiva ao capitalismo.
Por outro lado, qualquer cristão que elogiar o socialismo será visto como “profeta”, designação que Ariovaldo Ramos, um progressista que se considera calvinista, deu para o bispo marxista Robson Cavalcanti num artigo no Genizah, um tabloide “apologético” progressista que também se considera calvinista e é muito lido por presbiterianos.
O fundador do capitalismo foi um evangélico, enquanto que o fundador do marxismo foi um satanista.
Cavalcanti atacava o capitalismo e louvava o socialismo. Como é que um descendente religioso de Calvino consegue classificar Cavalcanti de “profeta”?
O mero fato desse falso profeta ter sido celebrado é um pecado grave que pode custar caro para a Igreja Brasileira, especialmente para os calvinistas, que o elogiavam ou andavam muito bem com ele.
A esquerda apologética, repleta de calvinistas, faz festa para seus camaradas progressistas e faz tempestades para os cristãos “capitalistas”, se é que dá para encontrar um dessa espécie em extinção no Brasil.
Para a esquerda evangélica, o Reino de Deus são as ideias de Marx. O inferno é o capitalismo, ou até mesmo, no caso do Brasil, o neopentecostalismo. Esse “inferno” eles jamais quereriam conciliar com sua fé vazia de Cristo, mas cheia das ideias de Marx.
Enquanto os apóstatas que dominam a blogosfera apologética procuram no Brasil distrair o público da grave ameaça que sua ideologia representa fazendo difamações ao capitalismo e ao neopentecostalismo, a união homossexual espúria entre Calvino e Marx destruiu as igrejas calvinistas da Europa e está destruindo as igrejas calvinistas dos EUA e Brasil.
É hora de fazer com esses apóstatas o que o capitalista Calvino lhes faria.

João Calvino, considerado o fundador do capitalismo


Fonte: Julio Severo

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Contra a agenda anticristã da esquerda, nem um Pio



A foto ficou ótima! O líder máximo da Comunhão Cristã Abba, Pr. Pio Carvalho, com Eduardo Ferraz (candidato a vereador em 2012 pelo PDT, socialista declarado e membro da Abba), e o prefeito Gustavo Fruet (eleito pela coligação PDT/PT), na posse da prefeitura de Curitiba no 2 de janeiro. A foto é apenas um detalhe de introdução, o que importa mesmo é analisar a situação.
Não é de hoje que as portas da Comunhão Cristã Abba estão escancaradas para políticos de esquerda. Gleisi Hoffmann, do PT, atual ministra da Casa Civil e participante ativa da campanha de Fruet, quando candidata, teve pleno apoio de Pio Carvalho e de outros líderes da Abba. O púlpito e o altar destinado à adoração acabam servindo para fins eleitoreiros, com a desculpa de que irão receber a "benção' de Deus, porque é algo tão constrangedor que convém "espiritualizar" a situação para disfarçar a vergonha.
Tento entender que vantagem há, ou com quais princípios a Comunhão Cristã Abba e outras igrejas abrem suas portas para políticos de partidos como o PT,  PDT e mesmo o PSDB, que endossam toda a agenda do chamado ‘marxismo cultural’: aborto, “gayzismo”, feminismo, eutanásia e outros posicionamentos anticristãos. E então me fica evidente o quão importante é para muitos cristãos “sair bonito na foto” e agradar a todos. Mas para tanto é necessário compactuar com o  politicamente correto e com essa moral relativista (imoral) que nos tem sido imposta pela esquerda política no Brasil e em todo o mundo. E é em viver de acordo com a moral relativista que está o grande problema, porque para isto temos que deixar de lado a moral cristã, baseada nas Sagradas Escrituras. E bem sabemos que quanto a isto, não há meio termo. Não há muro, para que se possa subir e ficar em cima.
O momento que estamos vivendo é muito delicado. O plano de governo do Anticristo está pronto e se estabelecendo com muito sucesso. Estamos a poucos passos dele, pois o socialismo já está quase consumado e sua agenda cultural tem tamanha força que os cristãos ou tem aderido estupidamente a ela, ou não conseguem confrotá-la com vigor e firmeza. Já caíram na armadilha psicológica do politicamente correto. Por medo de parecerem “reacionários” ou “fundamentalistas”, abandonam o dever cristão de se posicionar publicamente em favor dos valores éticos de sua própria fé. Se alguém tem dúvidas sobre esse sistema de governo chamado socialismo ser maligno, basta observar que ele se baseia entre outras coisas, em ódio, inveja e cobiça. Ódio, porque incita a "luta de classes", criada pelo coração doente de Karl Marx. Ódio que fica explícito e manifesto quando a esquerda observa os cristãos que resgatam, com amor e abnegação, pessoas que foram escravizadas pelo homossexualismo, cumprindo o "ide" de Cristo. Inveja, porque na ideologia socialista, se o outro tem mais que você, ele é seu inimigo e deveria dividir com você o que ele conquistou. E cobiça, porque um socialista irá criar estratégias políticas desonestas para tirar o que o outro tem. Alguma dúvida de que é um método maligno de se fazer política?
E como a igreja tem se posicionado? Ela não tem se posicionado. Ela está seguindo o fluxo do mundo, de olhos vendados enquanto ainda lhe resta algum conforto. E o caso da Abba, em Curitiba, é apenas mais um exemplo. O fato é que o esquerdismo enredou e cooptou amplos setores da igreja evangélica brasileira.
Durante a campanha para as eleições presidenciais de 2010, o pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba, Paschoal Piragine Jr. disse o óbvio sobre o PT, algo que qualquer pessoa minimamente atenta às ações da esquerda política e sua respectiva estratégia de “revolução cultural” sabe.

Um padre, Paulo Ricardo, disse palavras sábias: “a sociedade está em crise porque os líderes morais, que poderiam dar uma orientação às pessoas, estão calados. Alguém tem de pagar o preço de falar. Mesmo sabendo que, ao falar a pessoa vai sofrer o martírio dos tempos modernos.”

Fala-se de martírio por amor à fé, mas sequer se consegue abandonar a vontade de ficar “bonito na foto” com a elite política anticristã, com César e seus acólitos. E não se desce do muro imaginário, ensinando aos fiéis e membros da igreja de Cristo os verdadeiros princípios bíblicos, que têm sido tão afrontados pela moral anticristã dos socialistas.

Falta de aviso não foi: Gustavo Fruet durante a campanha mostrou-se firme apoiador do movimento gayzista, que se finge de vítima, mas que promove, com apoio de toda a mídia e de ONG’s globalistas endinheiradas, uma verdadeira caçada cultural e jurídica contra os cristãos. Eduardo Ferraz viu tudo e comentou a respeito com inúmeras atenuações e desculpas esfarrapadas e lamentáveis. E então prosseguiu firme em seu apoio à Fruet, como bom fiel ao PDT. Para Pio Carvalho nada foi perguntado, nem ele se mostrou obrigado a se pronunciar a respeito. Contra a agenda anticristã da esquerda, Pio Carvalho nunca deu um pio. Antes, “abençoou” Gleisi Hoffmann, serva fiel de mensaleiros, gayzistas e abortistas, e o novo lacaio do PT, Gustavo Fruet.
O povo também que não se engane, pois será cobrado. Cada um é responsável por si diante de Deus, cada um deve buscar a verdade, e não apenas jogar a responsabilidade de suas decisões para seus líderes espirituais. “Maldito é o homem que confia no homem” (Jr 17:5).

Imagino a reação a esse texto da parte muitos “cristãos de esquerda”, ou por aqueles pegos de surpresa, pois não sabiam em que posição estão no cenário político do país. Então desde já deixo a pergunta, cuja resposta já é conhecida: falei alguma mentira?
“Fiz-me acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade”? (Gl 4:16).





Posse da prefeitura de Curitiba, no dia 01/01/2013.

Culto realizado na Comunhão Cristã Abba, no dia 14/10/2012.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A alegria de ser mulher e a armadilha feminista




“Mulher  virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis. O coração de seu marido confia nela, e a ele não falta riquezas.” Pv 31:10-11

A mulher segundo o coração de Deus era dedicada a família e submissa ao seu marido. E isso não significa que fosse "escrava", pois esta mulher do capítulo 31 do livro de Provérbios dava ordens às suas servas. No versículo 11 diz que “a ele não falta riquezas”.

E o coração de seu marido confia nela, porque ela é submissa a ele. E ser submissa a um homem, não significa ser inferior a ele, nem ser sua empregada ou capacho. E sim ser o suporte para a missão dele. Basta pensar no sentido literal da palavra – “sub-missão”. Por confiar nela, sabendo que ela está cuidando com esmero da casa e dos filhos, o marido tem segurança e tranquilidade para passar o tempo necessário fora, e produzir riquezas. Se as feministas entendessem isso, o que é de fato ser submissa ao homem, seria para elas uma grande alegria e plena realização.

Então estaria eu dizendo que uma mulher de verdade, feliz e realizada, é aquela que fica em casa cuidando dos filhos, enquanto o marido sai para ganhar dinheiro? Sim, é exatamente isso que eu estou dizendo.

Já imagino a reação das feministas, ou, se preferirem, das mulheres “modernas”, “inteligentes”, e bem sucedidas que ganham mais que seus maridos, e por isso os tratam como idiotas. E claro que não posso esquecer daquelas que dizem que não querem se casar, porque são muito focadas em suas carreiras. O que eu duvido.

A esta altura já devem também estar me chamando de antiquada. Que seja, eu não negocio valores para receber elogios de ninguém. Prefiro ser útil do que ser simpática.

A verdade é que mulher feliz, mulher realizada é sim, aquela que tem uma casa para cuidar, filhos para educar e marido para obedecer e amar.

Sendo assim, e em defesa das mulheres que ainda tem valores e princípios conservadores, não posso deixar de expressar aqui a minha indignação com a campanha pela destruição da família que vem sendo promovida por este governo socialista que se apoderou do nosso país. 

Para destruir a família vale tudo: incentivar o homossexualismo, patrocinando paradas gays por todo país, distribuir “kit gay” nas escolas; descriminalizar e patrocinar o aborto. Como se isso tudo não bastasse, eles conseguem jogar ainda mais sujo, com uma emenda constitucional proposta pela senadora (licenciada) Marta Suplicy, com a qual se pretende tirar o nome da mãe e do pai dos documentos dos recém nascidos (daqueles que conseguirem sobreviver ao aborto, é claro). Me surpreende que Marta Suplicy, apesar de ter nascido mulher, ter se casado e ter sido mãe, hoje tem como um de seus objetivos destruir a família de outras mulheres. Obviamente, não devemos esperar outra coisa de uma petista.

Se esta emenda for aprovada, não existirão mais, juridicamente, as figuras do pai e da mãe. Mas e os filhos então? Seriam filhos de quem?  Filhos da... meretriz? Por que essa “mulher” não começa tirando seu próprio nome e o de seu ex-marido, o senador Eduardo Suplicy, dos documentos daquele seu filho, o Supla?

Então fica a questão: se Marta é contra a família, por que ela tem uma? Eis uma bela resposta:

"Em últimas contas, se o patriarcalismo fosse coisa ruim os ricos não o guardariam ciumentamente para si mesmos, mas o distribuiriam aos pobres, preferindo, por seu lado, esfarelar-se em pequenas famílias nucleares. Se fazem precisamente o oposto, é porque sabem o que estão fazendo." É o que afirma Olavo de Carvalho observando a conduta da família Rockefeller no artigo 'A família em busca da extinção'.

Que as mulheres de bem deste país, aquelas que tem alguma reserva do que é verdadeiro e bom guardado em suas almas, tenham seus olhos abertos a tempo, e não se deixem enganar pela manipulação feminista promovida pelos partidos de esquerda e reverberada pela mídia. 

Que consigam tocar suas vidas com sabedoria e princípios ensinados por Deus, valorizando a família e o privilégio de ter nascido mulher.

 (Ilustração: "Martha and Mary Magdalene" - Caravaggio - 1598)